10/11/2016

Paim acata proposta de incluir técnicos, auxiliares e parteiras em projeto de aposentadoria especial

O Senador Paulo Paim (PT-RS) acatou proposta da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde - CNTS de incluir parteiras, auxiliares e técnicos de enfermagem no Projeto de Lei 349/16 proposto pela Federação Nacional dos Enfermeiros - FNE, inicialmente incluindo apenas enfermeiros. Em reunião na última terça, dia 8, o senador, que é relator da proposta, reafirmou posição favorável ao projeto por levar em consideração as características do trabalho da enfermagem. "Cito como precedente uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que reconhece como inerente a atividade dos profissionais de enfermagem a exposição a riscos biológicos e a nocividade do trabalho desenvolvido", afirmou.
Tendo o apoio de todas as entidades nacionais representativas da enfermagem, o senador Paulo Paim encaminhará alteração no projeto para que ele seja discutido nas casas legislativas com a nova redação.
Segundo o coordenador do Fórum, Valdirlei Castagna, “a alteração foi apresentada por entender que é justo que o benefício alcance todos os profissionais da enfermagem”.
Justificativa do projeto - A justificativa da proposição se baseia em jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça – STJ, na decisão final do Recurso Especial nº 1.514.460-PR, que reconhece como inerente à atividade dos profissionais da enfermagem a exposição a riscos biológicos e a nocividade do trabalho desenvolvido. O objetivo do Projeto de Lei 349/16, segundo o senador Paulo Paim, é “dar extensão normativa à interpretação que já é adotada em tribunais superiores pátrios, assegurando a aposentadoria especial a estes profissionais, em face da evidente exposição a riscos decorrentes da natureza especial da atividade profissional”.  
O Projeto está atualmente sob a relatoria do senador Paulo Paim, (PT/RS) no âmbito da Comissão de Assuntos Sociais (CAS). A proposta prevê também que a aposentadoria será equivalente a 100% do salário-de-benefício.
Fellype Sales- Assessoria de Imprensa

19/10/2016

Líder do governo promete pautar reinstalação do GT das 30 horas em reunião com ministro da Saúde

Em reunião com as entidades do Fórum Nacional da Enfermagem, o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE), se comprometeu em pautar no próximo encontro com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que deve acontecer ainda esta semana, a reinstalação do grupo de trabalho composto por representantes dos trabalhadores, gestores e do Ministério da Saúde, que voltará a debater a regulamentação da jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem em 30 horas semanais. Segundo Moura, o estudo do impacto orçamentário já foi entregue ao ministro da Saúde.
“Até o fim do ano as discussões do governo girarão em torno das pautas econômicas. Obviamente poderemos incluir as 30 horas nesse bojo. O que não pode acontecer é a matéria ficar parada, mas esse projeto não pode ser levado para votação sem os devidos debates”, disse o deputado.
Segundo o coordenador do Fórum Nacional da Enfermagem, Valdirlei Castagna, a categoria cobra pela aprovação da proposta. ”Os profissionais da enfermagem têm depositado muita esperança na aprovação do Projeto de Lei 2.295/2000. Precisamos reduzir os altos índices de adoecimento e afastamento dos postos de trabalho para darmos melhores condições de trabalho para essa categoria que é responsável por 90% das ações na saúde”.
A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) demonstrou preocupação com a aprovação da PEC 241/16 em relação à aprovação das 30 horas. “Sabemos que a aprovação do Projeto de Lei 2.295/00 trará certo impacto orçamentário. Muito me preocupa a aprovação da PEC que limita os gastos públicos porque já temos um problema de financiamento na saúde, imagina com a aprovação desta proposta. Precisamos urgentemente iniciar as discussões neste grupo de trabalho. Podemos até negociar uma redução escalonada até chegarmos em 30 horas semanais. Precisamos de um ponto de partida”.
Na reunião ficou definido que a deputada Carmen Zanotto será a interlocutora do Fórum Nacional da Enfermagem junto ao líder do governo nas pautas referentes à enfermagem.
Fellype Sales - Assessoria de Imprensa 

23/08/2016

Fórum da Enfermagem se posiciona contra exame de Suficiência

Em reunião realizada dia 18 de agosto na sede da CNTS, as entidades que integram o Fórum Nacional da Enfermagem se posicionaram a cerca do PL 4930/2016. Com exceção do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen, as outras seis entidades que compõem o Fórum se posicionaram contrarias ao Projeto que propõe exame de suficiência para egressos do curso de enfermagem. As entidades estão preparando um documento que será entregue ao Cofen e ao deputado propositor do projeto, Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), para que esta discussão seja ampliada para as demais entidades representativas da enfermagem que não participaram das discussões prévias na propositura da proposta. O documento vai pedir o arquivamento do projeto, e não sendo possível, que seja apresentado substitutivo que represente a vontade das entidades.
Segundo o secretário-geral da CNTS e coordenador do Fórum, Valdirlei Castagna, o seminário realizado pela CNTS, dia 17 de agosto, foi de extrema importância porque extraiu a opinião das entidades nacionais que representam a enfermagem. “Precisamos encontrar uma forma de qualificar melhor os profissionais e também de proteger os usuários do sistema de saúde, contudo, na forma como está proposto, o projeto não contempla nossos anseios, pois penaliza os estudantes de enfermagem, e em nenhum momento avalia a qualidade de ensino. Se a intenção é proteger o mercado de trabalho dos profissionais de enfermagem, isso poderia ser feito de outra forma, como o cumprimento da resolução que cria o dimensionamento de pessoal para a enfermagem e não com a criação do exame de suficiência”, disse.
De acordo com o secretário de Saúde do Trabalhador da CNTSS, Ademir Portilho, o tema foi proposto sem ouvir os anseios dos trabalhadores da enfermagem. “Propuseram o PL sem consultar sequer os trabalhadores e suas entidades. Nos posicionamos contra o projeto porque acreditamos que não é um exame que vai definir o bom e o mau profissional”.
Para a vice-presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros, Shirley Marshal, “o entendimento da Federação é que não adianta propormos para alunos egressos o exame se continuarmos com altos índices na má qualidade do ensino em enfermagem”, afirmou.
O presidente da Anaten, Antônio Costa, também reafirmou a importância de primar pela qualidade do ensino. “A situação da qualidade na formação é gravíssima. Esse projeto não vai impedir a abertura de péssimos cursos de enfermagem. A propósito, qualquer estudante, ciente do conteúdo do exame de suficiência é capaz de dedicar horas de estudo e passar no teste. Agora, qual a qualidade da assistência deste egresso quando chegar no mercado de trabalho se o ensino foi precário? Devemos ressaltar sempre que a enfermagem é uma profissão prática que lida com vidas”, disse.
Segundo a presidente da ABEn, Ângela Alvarez, “a enfermagem é uma profissão cuja premissa é a prática e, antes de propormos um exame que estime o conhecimento teórico dos alunos, precisamos avaliar a qualidade prática do que estão aprendendo nas escolas de enfermagem”.
A representante da ENEENF, Brenda de Castro, afirmou que “o projeto da forma que está tem como objetivo punir os alunos egressos da enfermagem. O foco da discussão deveria estar na formação do estudante”.
Luciano Silva, conselheiro Cofen, única que apoia o projeto, acredita que a criação do exame de suficiência é uma proteção à Saúde Coletiva, evitando erros causados por deficiências de formação, representando também uma proteção aos profissionais em exercício, freando a desvalorização associada à proliferação desordenada de cursos.
30 horas - A reunião debateu também discutiu estratégias para o avanço na negociação do PL 2295/00 que regulamenta a jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem em 30 horas semanais.
O coordenador do Fórum informou que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, se comprometeu em reinstalar o grupo de trabalho no Ministério da Saúde, que contará com a participação de representantes dos trabalhadores, gestores e do Ministério da Saúde para discussão do projeto das 30 horas. Castagna, disse que o Fórum estará protocolando documento ao ministro solicitando celeridade na instalação do GT, pois é urgente a necessidade de iniciar os trabalhos de discussão com as partes envolvidas.

Fellype Sales - Assessoria de Imprensa

24/06/2016

Fórum da Enfermagem envia pauta de reivindicações ao ministro do Trabalho

O Fórum Nacional da Enfermagem - 30 horas já!, composto pelas entidades sindicais e de classe CNTS, FNE, CNTSS, Cofen, ABEn, Anaten e ENEEnf, enviou ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a pauta de reivindicações da categoria. “Apresentamos nossas bandeiras de luta e expectativas de que as reivindicações por melhores condições de trabalho sejam assumidas como prioridade pelo ministro, o que resultará na melhor qualidade dos serviços prestados à população”, disse Valdirlei Castagna, coordenador do Fórum e secretário-geral da CNTS. O Fórum solicita, ainda, que seja concedida audiência para apresentar as reivindicações e contribuições. Conheça, abaixo, os itens constantes da pauta da enfermagem.
Jornada de 30 horas semanais – Há muito buscamos essa conquista, que significa não apenas melhores condições de vida e de trabalho, como também melhores condições de atendimento à população. Há 15 anos, o Projeto de Lei 2.295/2000 tramita na Câmara dos Deputados e, desde 2009, aguarda votação em plenário. A proposta recebeu mais de 200 requerimentos individuais e apoio de líderes que representam mais de 400 deputados para inclusão na Ordem do Dia. A Câmara também recebeu o número recorde de mais de dois mil pedidos da sociedade para sua votação em regime de urgência.
A regulamentação da carga horária é uma questão de legalidade, com respaldo na Constituição Federal; é uma questão de isonomia com outros profissionais da saúde, que trabalham lado a lado com os profissionais da Enfermagem e já desfrutam da regulamentação da jornada, em virtude das peculiaridades de atuação; e é questão de saúde e segurança no exercício profissional, sendo indispensável dispor de condições especiais de trabalho.
Piso salarial para Enfermagem – A má remuneração dos profissionais é um dos mais graves problemas da saúde. O pessoal da Enfermagem está marcado pela baixa remuneração, em grande parte por falta de uma legislação própria. Outro grave problema está na ausência de um Plano de Carreiras, Cargos e Salários. Embora a Mesa Nacional de Negociação Permanente do SUS tenha aprovado diretrizes de um PCCS para os trabalhadores do Sistema, a proposta não vem sendo adotada pelos governos – federal, estaduais e municipais.
Formação e qualificação profissional – Além de se assegurar remuneração adequada, é importante que se estabeleça a educação continuada, o acesso a cursos de aperfeiçoamento e a garantia de condições dignas de trabalho, com vistas à prestação de serviços de qualidade; e que dê acesso dos profissionais a cursos superiores, por meio de políticas públicas permanentes voltadas a formar e qualificar os trabalhadores da saúde.
Combate à terceirização – É extremamente desastroso o processo de flexibilização dos direitos trabalhistas e de terceirização, especialmente no segmento da saúde, em detrimento dos serviços públicos. O resultado é a precarização da força de trabalho; a baixa qualidade na prestação dos serviços, tendo em vista que na saúde não há atividade meio e todos devem possuir preparo especial para o atendimento. Defendemos, ainda, a efetiva aplicação da Norma Regulamentadora 32 nas unidades privadas e sua extensão aos serviços públicos, no sentido de garantir boas condições de saúde e segurança para o trabalhador no local de trabalho.
Combate ao assédio moral no trabalho - O terror atinge homens e mulheres, trabalhadores da iniciativa privada e do setor público, de todos os níveis e categorias. Defendemos como fundamental a conscientização dos trabalhadores, empregadores e governos para a adoção de medidas preventivas e de combate à omissão.
Combate ao Ensino à Distância - No ensino em saúde, por se tratar de ciências humanas, a teoria não pode ser dissociada da prática, sobretudo na área da enfermagem. Quando se busca a assistência humanizada torna-se imprescindível observarmos a qualidade na formação técnica e científica como fator preponderante para a obtenção de práticas seguras e que realmente resultem na melhoria e recuperação da saúde. Estudo realizado pelo Cofen veio confirmar denúncia da CNTS da má formação do EaD, colocando em risco a saúde da sociedade.
Atendimento domiciliar - Tendo em vista a complexidade do tema, ressaltamos a importância do debate sobre a questão, ora suspenso, a fim de que seja traçado o mais completo e fiel diagnóstico possível, sobre o número de profissionais, formação, atribuições, responsabilidades, forma de contratação e de fiscalização do trabalho, por exemplo.

Fellype Sales - Assessoria de Imprensa

Líder do governo promete diálogo entre enfermagem e equipe econômica sobre jornada de 30 horas

Para retomar o diálogo acerca da regulamentação da jornada de trabalho da enfermagem em 30 horas semanais com os poderes Legislativo e Executivo, a CNTS e demais entidades que compõem o Fórum Nacional da Enfermagem estiveram reunidas com o líder do governo na Câmara, deputado André Moura (PSC-SE). Segundo o secretário-geral da CNTS e coordenador do Fórum, Valdirlei Castagna, o deputado sempre apoiou a reivindicação, mas agora, em outra posição, como líder do governo, a enfermagem gostaria de novamente pautar o debate do PL 2.295/2000.
“Gostaríamos de contar com o apoio do deputado André Moura como intermediador deste diálogo com o atual governo. Fizemos um novo levantamento que, além de quantificar os postos de trabalho da enfermagem no Brasil, dá aos empregadores dos setores público e privado a exata dimensão do impacto financeiro”, ressaltou, lembrando que as estimativas de custos decorrentes da regulamentação da jornada em 30 horas têm sido ponto de resistência por parte do governo e dos empregadores.
Castagna destacou, ainda, os efeitos positivos de uma jornada adequada às especificidades das atribuições e responsabilidades da enfermagem, como o alto índice de acidentes e doenças ocupacionais causadas pelo cansaço e estresse por conta da extensa jornada de trabalho. “Não temos dúvidas que se o nosso projeto de lei for aprovado teremos menos afastamentos pelo INSS”.
Moura garantiu que levará o projeto, juntamente com os levantamentos sobre o impacto orçamentário, para a reunião da equipe econômica do governo interino de Michel Temer. “A gente precisa, antes de mais nada, estabelecer uma ponte de comunicação e entendimento entre as entidades que representam a enfermagem e a nova equipe econômica do governo, para então termos um posicionamento firme do Poder Executivo acerca deste tema”, avaliou.
O deputado André Moura afirmou ainda que, na atual conjuntura econômica do país, trata-se de um tema delicado e que demandará cautela e paciência das entidades e dos trabalhadores. “O governo assumiu há um mês e está trocando o pneu com o carro andando. Por isso precisamos ter um pouco mais de paciência. Estaremos trabalhando sempre pela aprovação do PL 2.295”, disse.
Fellype Sales - Assessoria de Imprensa

02/06/2016

Enfermagem se mobiliza nos estados pedindo valorização da categoria

As mobilizações do Dia Nacional de Luta Pela Valorização da Enfermagem ocorreram nos estados e reuniram milhares de profissionais por todo o país nesta última terça-feira (17). Entre as principais reivindicações estavam a regulamentação da jornada de trabalho em 30 horas semanais, a fixação de um piso salarial nacional, implementação do dimensionamento de pessoal e formação de qualidade permanente.
Ato na Câmara Federal
A executiva do Fórum Nacional da Enfermagem esteve reunida na Câmara dos Deputados durante as mobilizações do Dia Nacional de Luta Pela Valorização da Enfermagem com o objetivo de distribuir material para conscientizar os parlamentares das principais pautas da enfermagem.
Segundo o secretário geral da CNTS e coordenador do Fórum, Valdirlei Castagna, “esse dia de luta pela valorização da enfermagem foi criado para chamar atenção dos gestores da saúde para a falta de cuidado e reconhecimento com a nossa categoria. São os profissionais da enfermagem que ficam 24 horas no leito cuidando da saúde do paciente. No entanto, não recebem o mesmo cuidado do poder público e do setor privado”, disse.
Fellype Sales - Assessoria de Imprensa

22/04/2016

Dia Nacional de Luta Pela Valorização da Enfermagem

Baixe aqui as artes da nossa campanha pela valorização dos profissionais de enfermagem que acontecerá nos estados no dia 17 de maio: